sexta-feira, 8 de abril de 2011

O deus de Wellington Menezes de Oliveira

            
   Com traços de um psicótico religioso, Wellington Menezes de oliveira põe seu nome nas páginas de horror da história de nosso país assassinando friamente a 12 crianças na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro.
               O jovem premeditou o crime cautelosamente, e como num jogo de Counter-StrikeM, atirava na cabeça, abdômen e barriga onde havia mais chance de matar. Baleado por policiais a caminho do terceiro andar, o assassino de 24 anos suicida-se na escadaria.
         O ex-aluno era um morador acima de qualquer suspeita, seus visinhos não notaram comportamento extravagante, a não ser as muitas horas no computador.
         Solitário, não se misturava com a turma nas brincadeiras de rua. Na escola, ex-colegas lembram que se recusava a participar de atividades em grupo e pedia aos professores para entregar o trabalho sozinho. Wellington foi adotado, e cresceu ouvindo detalhes sobre eventuais problemas psiquiátricos da mãe biológica. Segundo vizinhos, ela dizia que Wellington havia sido gerado dentro de um manicômio e por isso ele era alvo de chacotas.
         Na juventude, quando começou a trabalhar, só mudava o itinerário diário para ir à igreja Testemunha de Jeová, com os pais adotivos.
         O bullyng sofrido na escola Tasso de Silveira, seria o motivo da chacina segundo o próprio Wellington escreveu nas páginas do Orkut. Palavras do ex-aluno na comunidade ‘No Escuto’:
"Nem estou chorando, apenas me preparando para uma chacina que irei fazer no colégio em que fui agredido. Em breve teremos um documentário estilo Columbine [escola nos EUA onde houve um massacre similar] nas telinhas nacionais. Aguardem"
Em seu perfil não lista nenhum amigo, depoimento ou recado. O álbum conta com nove fotos, mas só três estão acessíveis. Duas mostram um cemitério, e a última é perturbadora, por mostrar um homem morto. Todas têm como legenda versículos da Bíblia, ele usa Eclesiastes, Ezequiel, e a terceira é de Jeremias.
         O que mais me chama a atenção é a carta onde ele exprime seu pensamento sobre o Divino. Wellington tinha uma percepção errada acerca de Deus como podemos ver.
Se foi pelo fato do bullyng a sua reação, Deus não apoiava a vingança do jovem. Através de Jesus, Deus ensinou o caminho da tolerância e do perdão. Jesus tinha todos os motivos para odiar os que o puseram na cruz, mas Ele disse: “Pai, perdoa-os eles não sabem o que fazem”.
Em sua carta notamos um ar religioso, porém confuso, desconexo.
            “Primeiramente deverão saber que os impuros não poderão me tocar sem luvas, somente os castos ou os que perderam suas castidades após o casamento e não se envolveram em adultério poderão me tocar sem usar luvas, ou seja, nenhum fornicador ou adúltero poderá ter um contato direto comigo... nenhum impuro pode ter contato direto com um virgem sem sua permissão, os que cuidarem de meu sepultamento deverão retirar toda a minha vestimenta, me banhar, me secar e me envolver totalmente despido em um lençol branco que está neste prédio, em uma bolsa que deixei na primeira sala do primeiro andar, após me envolverem neste lençol poderão me colocar em meu caixão.[...] Preciso de visita de um fiel seguidor de Deus em minha sepultura pelo menos uma vez, preciso que ele ore diante de minha sepultura pedindo o perdão de Deus pelo o que eu fiz rogando para que na sua vinda Jesus me desperte do sono da morte para a vida.
         Quem era esse deus a quem Wellington servia? Alguns detalhes da carta mostra que o assassino estava equivocado em sua crença.
1º Equívoco – Ele pede a visita de um fiel seguidor de Deus em sua sepultura para rogar a Deus por perdão pelo seu ato criminoso.
O jovem fez uma escolha, ele premeditou o crime. E são as nossas escolhas em vida que decidem o nosso rumo após a morte. Não há mais como mudar o que foi escolhido em vida.
Base bíblica: Eclesiastes 9: a 6 [NTLH] “4 – Mas, enquanto se vive neste mundo, existe alguma esperança; porque é melhor ser um cão vivo do que um leão morto. 5 - Sim, os vivos sabem que vão morrer, mas os mortos não sabem nada. Eles não vão receber mais nada e estão completamente esquecidos. 6 - Os seus amores, os seus ódios, as suas paixões, tudo isso morreu com eles. Nunca mais tomarão parte naquilo que acontece neste mundo”. As orações feitas no plano terreno não são ouvidas no espiritual em favor dos mortos. Os mortos nada sabem do que se passa aqui. (Leia também: Lucas 16:20 a 31).
2º Equívoco – Wellington pediu a oração a seu favor para que na vinda de Jesus ele fosse desperto do sono da morte para a vida.
A Bíblia mostra que as almas dos cristãos vão imediatamente à presença de Deus e desfrutam da comunhão com Ele.
Base bíblica: Lucas 23:42 e 43 E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso”. Aqueles que morrerem em Cristo, passarão desta vida para a glória (2 Coríntios 5:8; Filipenses 1:23; Hebreus 12:23).
         E você amigo leitor, que caminho tem escolhido? Você leu acima que são as escolhas realizadas em vida que decide o rumo pós-morte. Se você partirsse agora, suas atitudes e fé o conduziriam para perto de Deus? Ou suas escolhas pesam contra você?
         Após a partida dessa terra você poderá deixar milhões de cartas pedindo oração, ainda que não tenha cometido a atrocidade que falamos acima. Não há pecado maior ou menos, por isso decida-se enquanto há vida.

Fontes:
www.unb.br

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