segunda-feira, 11 de julho de 2011

A Família Está Acabando II


Na bíblia temos o exemplo de Jefté (Juízes 11:1 a 3) que nos desvenda uma das causas da delinquência no seio da sociedade. Ele foi fruto de um adultério, seus irmãos o rejeitavam por ser filho de uma prostituta. Seu pai, o verdadeiro culpado, se omitiu, e com isso Jefté fugiu de casa e um grupo de levianos ajuntou-se a ele.
O que gera a degradação da sociedade é a perda dos vínculos familiares, Efésio 6:4 ensina aos pais “E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor”. Muitos filhos estão irados com seus pais, irados pela falta de atenção, de amor demonstrado, pela falta de tempo de qualidade, pela separação, entre outros problemas. Quando as autoridades falham, o espelho que estes filhos possuíam é quebrado. E estes fatores podem desencadear um ciclo de ira, e um sentimento de desonra e rebelião nos filhos.
Espiritualmente falando essa desconexão familiar atrai maldição: Malaquias 4:5 e 6 diz “Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível Dia do SENHOR; ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais, para que eu não venha e fira a terra com maldição.”
Em João Batista se cumpriu a profecia de Malaquias. O Batista veio com o mesmo ministério realizado pelo profeta Elias, que foi o de reconciliar as famílias, e posicioná-las a voltarem para Deus e desprezar a idolatria.
Quando o anjo revela a Zacarias e a Isabel que teriam um filho também os alertou que este teria o ministério de converter o povo a Deus, e fazer os pais e filhos fazerem as pazes (Lc 1:13 a 17).
         A solução para o problema está na restauração do vínculo familiar perdido. Pais quebrantando-se e reconhecendo que falharam e filhos liberando perdão a estes pais por todas as feridas deixadas. A reconciliação vem com a humilhação, com corações quebrantados, com perdão.
         Negar-se a si mesmo implica nisto também, reconhecer que falhou, ou do outro lado, liberar perdão as autoridades que falharam.
Lembrando que perdão não é sentimento, é decisão. Primeiro decide-se perdoar e depois a cura vem. Se você espera que algum dia terá vontade de perdoar os que lhe feriram, esse dia pode ser tarde demais e você pode vir a carregar um peso por toda vida e nunca conseguir se libertar dele esperando que se sinta melhor para perdoar.
Para o ferido o perdão não é uma escolha, é o único remédio para curar plenamente as feridas da alma.


Fontes:

Foto Ilustrativa: Ernesto Guilherme Young e família, no quintal de sua casa, que pertencia a Família Young, ano 1914. 

Site da Revista Veja: http://veja.abril.com.br/230408/p_092.shtml ( Edição 2057, 23 de Abril de 2008). Psicanalista Charles Melman. 

1º Quadro: Malki, Yara. Verocidade, Consumismo e frieza - FACOM - nº 17 - 1º semestre de 2007.

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